Turismo: de solução a problema

Portugal na última década, tem sido um dos principais destinos de férias a nível mundial, está na moda. Foi o turismo que permitiu sair da crise da dívida soberana de 2012, a partir daí tem sido o principal motor da economia.

O forte crescimento do turismo não é exclusivo de Portugal, é global. As sociedades estão cada vez mais consumistas, sedentas por experiências e a isto somarmos que o viajar deixou de ser um bem de luxo. Companhias aéreas lowcost como a Ryanair e a EasyJet contribuíram para uma forma de turismo de massa.

Este crescimento do turismo foi o eixo central para a reabilitação dos centros históricos das grandes cidades, que estavam envelhecidos e degradados. Permitiu criar dezenas de milhares de empregos, é atualmente um dos sectores onde existe mais falta de mão-de-obra.

«O turismo foi a origem em Portugal de 19,1% da riqueza produzida no ano passado, de acordo com o relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), que aponta Portugal como o 5º país onde é mais forte a contribuição do turismo para o PIB.

Em valor absoluto da contribuição do turismo para o PIB, Portugal surge em 29º entre os 40 países especificados na informação do WTTC, com 45 mil milhões de dólares, à frente da Grécia, com 44 mil milhões.»sgeconomia.gov.pt

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Bretton Woods II

As recentes notícias da não renovação do acordo do Petro-dólar entre os EUA e a Arábia Saudita, fez ressurgir numa parte da comunidade de bitcoiners, que o fim do dólar está para breve. Na realidade não é bem assim, é verdade que estamos numa fase de desdolarização, mas este processo vai demorar muitas décadas. Possivelmente muitos de nós, infelizmente, não vamos assistir a essa mudança, a nossa esperança de vida não vai o permitir.

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Politizar

A última subida do preço do #Bitcoin tem sido notícia nos medias nacionais e internacionais. O Trump também vai falar na conferência de Nashville (maior conferência do mundo de Bitcoin), a 27 de julho, Bitcoin tem sido um assunto da campanha eleitoral dos EUA.

Além de eu não acreditar nas palavras do Trump, não gosto de ver Bitcoin a ser utilizado na campanha eleitoral. Bitcoin é apartidário, não é de direita, nem de esquerda. Neste momento está demasiado ligado ao partido Republicano, a meu ver, poderá ser um problema no futuro. Não é bom para o bitcoin ficar colado a um partido, porque corre o risco, quando os Democratas voltarem ao governo reverterem tudo.

O Bitcoin poderá ficar numa posição similar à posse de armas, que é um assunto que divide os partidos. Quem é a favor geralmente apoia os Republicanos, quem é contra geralmente é Democrata. Quando os Democratas estão no governo tentam aprovar lei para limitar o porte e uso de arma.

Enquanto os defensores do porte de armas são uma partes importante da população norte-americana, a adoção do bitcoin ainda é pequena. Como é pequena é mais fácil a aprovação de lei restritivas pelo partido Democrata.

Bitcoin não necessita de ser beneficiado, nem prejudicado ou marginalizado. Não é necessário criar leis novas ou regulamentos, devem apenas seguir as existentes. Bitcoin não é um ativo, é uma moeda, como tal, deve ser tratado igualmente como outra qualquer moeda, seguir as mesmas leis e regulamentação.

Bitcoin é do centro, é para todos, não discrimina ninguém.

África, o epicentro

Os problemas do sistema fiduciário e das políticas monetárias são visíveis por tudo o lado e agrava-se dia a após dia.
Mas está a chegar a um ponto de rutura, as populações estão a entrar num estado de desespero, estão a revoltar, os primeiros sinais estão a acontecer em África.

A austeridade que o FMI exigiu ao governo do Quénia, está a provocar uma revolta popular a nível nacional. Como sempre, a receita do FMI, é criar ainda mais pobreza.

“Desde 18 de junho, o Quénia tem sido palco de uma série de protestos em massa, nos quais dezenas de milhares de pessoas rejeitaram um projeto de lei controverso que teria aumentado alguns impostos e introduzido outros novos, como o IVA sobre o pão e produtos de saúde.
O Governo pretendia angariar 2,7 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros) para reduzir o défice orçamental e o endividamento do Estado, no âmbito do programa concebido pelo FMI para apoiar a resposta do Quénia à covid-19 e a outras crises, como secas e inundações.”
noticiasaominuto.com

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