Evangelizar

Nos últimos anos eu quase deixei de evangelizar o #Bitcoin, com a experiência mudei de abordagem. Agora começo, primeiro por falar de inflação, se o interlocutor demonstrar umas noções mínimas do que é inflação, aí sim avanço para o Bitcoin.

Eu cheguei à conclusão que não vale a pena explicar o Bitcoin a pessoas que não compreendem o que é inflação. O Bitcoin é a solução para um problema, mas se as pessoas não veem esse problema, também não vão querer uma solução. Ninguém toma medicamentos para doenças que não tem ou que possa ter.

O problema é que 99% dos portugueses não tem noções mínimas do que é inflação, assim raramente avanço a conversa para o Bitcoin.

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Previsão a longo prazo

Eu regularmente sou questionado ou pedem para eu dizer uma previsão de preço para o Bitcoin a longo prazo. Eu sempre evito responder, não quero criar falsas expectativas.

Em primeiro lugar, quem quer entrar no Bitcoin não deve entrar na expectativa que vai enriquecer rapidamente. Quem entra com este pensamento vai perder muito dinheiro, não vai resistir à pressão e vai vender tudo na primeira queda de 20%. Bitcoin é uma moeda ética, uma filosofia, muito estudo e por fim, é uma poupança a longo prazo. Para tirar frutos a longo prazo, tem que estar mentalmente preparado para suportar e ultrapassar, centenas de quedas de 20% e algumas dezenas de quedas superiores a 50%.

As previsões que são dadas, normalmente de valores muito elevados, dão uma falsa expectativa, levando as pessoas a entrar no Bitcoin com o único objectivo de enriquecer, sem estudá-lo minimamente. Geralmente as previsões de altos valores, implicam um enorme aumento da base monetária, só que as pessoas têm uma enorme dificuldade em compreender a inflação. Por esse motivo eu evito dar previsão e quando tento explicar, gosto de dar exemplos de inflação. 

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Bretton Woods II

As recentes notícias da não renovação do acordo do Petro-dólar entre os EUA e a Arábia Saudita, fez ressurgir numa parte da comunidade de bitcoiners, que o fim do dólar está para breve. Na realidade não é bem assim, é verdade que estamos numa fase de desdolarização, mas este processo vai demorar muitas décadas. Possivelmente muitos de nós, infelizmente, não vamos assistir a essa mudança, a nossa esperança de vida não vai o permitir.

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Politizar

A última subida do preço do #Bitcoin tem sido notícia nos medias nacionais e internacionais. O Trump também vai falar na conferência de Nashville (maior conferência do mundo de Bitcoin), a 27 de julho, Bitcoin tem sido um assunto da campanha eleitoral dos EUA.

Além de eu não acreditar nas palavras do Trump, não gosto de ver Bitcoin a ser utilizado na campanha eleitoral. Bitcoin é apartidário, não é de direita, nem de esquerda. Neste momento está demasiado ligado ao partido Republicano, a meu ver, poderá ser um problema no futuro. Não é bom para o bitcoin ficar colado a um partido, porque corre o risco, quando os Democratas voltarem ao governo reverterem tudo.

O Bitcoin poderá ficar numa posição similar à posse de armas, que é um assunto que divide os partidos. Quem é a favor geralmente apoia os Republicanos, quem é contra geralmente é Democrata. Quando os Democratas estão no governo tentam aprovar lei para limitar o porte e uso de arma.

Enquanto os defensores do porte de armas são uma partes importante da população norte-americana, a adoção do bitcoin ainda é pequena. Como é pequena é mais fácil a aprovação de lei restritivas pelo partido Democrata.

Bitcoin não necessita de ser beneficiado, nem prejudicado ou marginalizado. Não é necessário criar leis novas ou regulamentos, devem apenas seguir as existentes. Bitcoin não é um ativo, é uma moeda, como tal, deve ser tratado igualmente como outra qualquer moeda, seguir as mesmas leis e regulamentação.

Bitcoin é do centro, é para todos, não discrimina ninguém.

África, o epicentro

Os problemas do sistema fiduciário e das políticas monetárias são visíveis por tudo o lado e agrava-se dia a após dia.
Mas está a chegar a um ponto de rutura, as populações estão a entrar num estado de desespero, estão a revoltar, os primeiros sinais estão a acontecer em África.

A austeridade que o FMI exigiu ao governo do Quénia, está a provocar uma revolta popular a nível nacional. Como sempre, a receita do FMI, é criar ainda mais pobreza.

“Desde 18 de junho, o Quénia tem sido palco de uma série de protestos em massa, nos quais dezenas de milhares de pessoas rejeitaram um projeto de lei controverso que teria aumentado alguns impostos e introduzido outros novos, como o IVA sobre o pão e produtos de saúde.
O Governo pretendia angariar 2,7 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros) para reduzir o défice orçamental e o endividamento do Estado, no âmbito do programa concebido pelo FMI para apoiar a resposta do Quénia à covid-19 e a outras crises, como secas e inundações.”
noticiasaominuto.com

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