Quanto mais tempo passa, mais a sociedade está intolerante, ao pensamento do outro. Todos criticamos o ISIS mas a Europa está a seguir um caminho paralelo, a radicalização, cada vez mais radical, a ascensão de movimentos de extrema direita. Depois da França, da Áustria agora Trump, se nada mudar será inevitável que um partido de estrema direita ganhará umas eleições.
A Europa cada vez mais, só olha para o seu embigo, crendo que os refugiados são “o problema” , esquecendo que na realidade eles são as vítimas. Como o caso do Brexit, os britânicos preferem entrar por caminhos nublosos só para proibir a entrada de estrangeiros, porque acreditam que com isso resolvem os seus problemas económicos e sociais.
Como diz o proverbio português, «Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão»
É verdade que existem problemas económicos, mas combater a emigração não é solução, reparem no caso de Portugal, na última década milhares de emigrantes ( especialmente brasileiro e do leste europeu) saíram de Portugal, a entrada de novos emigrantes reduziu drasticamente, será que estamos melhor? Claro que não.
Os problemas continuam cá, os problemas são outros. Portugal é um excelente case study em várias vertentes.
Os problemas económicos que existem não são conjunturais ou de um país, mas sim civilizacionais, tem de ser tratado a nível mundial, como é possível os políticos não verem o obvio ou não querem ver os verdadeiros problemas. A falta de emprego a nível mundial (cada vez somos mais e o número de empregos cada vez menos) e offshores, primeiro swissleaks e luxleaks, agora os Panamá papers e nada continua a ser feito. Como é possível que um algo cargo da união europeia fez o maior roubo fiscal na união europeia e nada foi feito e continua no seu cargo.