Onde…

Estamos numa época tão estranha da humanidade…

Onde alguns querem reescrever a história, em vez de aprender e evoluir com a mesma. São com os erros que se cresce.

Onde o termo fascista é sinónimo de alguém com uma opinião diferente da sua, sem minimamente saber o real significado dessa palavra.

Onde defendem uma liberdade, que proíba o contraditório.

Onde não se discutem ideias, mas sim combatem ideias.

Onde o ambientalmente sustentável é substituir árvores e zonas verdes por estruturas em aço e zonas negras.

Onde os políticos constroem casas ou cidades, literalmente, em cima dos rios mas depois a culpa das cheias é as alterações climáticas.

Onde os alimentos tem menos importância que um peido de uma vaca.

Onde pessoas defendem que a solução para o aquecimento, é morrer de frio.

Onde a igualdade é favorecer um grupo, em detrimento de outro.

Onde o essencial é viver para consumir, em vez de usufruir.

Onde o importante é ser rico e ostentar essa mesma riqueza, mesmo que tenha de espezinhar outros para a conquistar.

Onde o mais importante é parecer em vez de ser.

Onde políticos defendem que o conhecimento pode levar a escolhas erradas, defendem o carneirismo.

Onde um político define o que é verdade ou mentira, limitando o que as pessoas podem expressar. Mas quem controla o controlador.

Onde os revisores da verdade deixaram de estar num gabinete, passando a ser um exército de jovens atrás de um teclado.

Onde, são propostas e aprovadas limitações de liberdade, sem esclarecimento ou divulgação pública. Pior que a obscuridade, é desinteresse da comunidade por liberdade.

Onde a censura é o novo normal, defender o contrário é que é censurável.

Onde a imprensa é tão livre como uma pomba dentro de sua gaiola.

Onde, quem comete o crime é protegido, quem o denúncia é perseguido.

Onde o certo é pensar com a cabeça dos outros, sem questionar.

Onde os pais delegaram o papel de educar às escolas e aos ecrãs azuis.

Onde a escola deixou de ser um lugar de conhecimento e/ou do desenvolvimento do espírito crítico.

Onde as crianças crescem doutrinados por políticos e por AI.

Onde a sociedade é programada e com um destino predefinido, como um rato dentro da sua roda.

Onde o maior erro, é pretender construir seres que não cometem erros, que não tenham vícios. Quando isso acontecer, deixamos de ser humanos. A imperfeição é a essência dos seres humanos, é o que nos difere das máquinas.

Onde só se ensina a não cair, em vez de ajudar e incentivar a levantar.

Onde se suspende a liberdade de circulação e os direitos mais básicos, sem ninguém questionar.

Onde a privacidade é crime.

Onde Satoshi é excomungado, mas Miguel Tiago é idoleterado.

Onde a moeda é utilizado como uma arma.

Onde uma guerra é digladiada entre zeros e uns, sem o comum mortal aperceber da sua existência.

Onde crianças caem em campos de batalha, como folhas em pleno outono.

Onde o direito ao Livre-arbítrio está sob ameaça.