Dilema das moedas do Satoshi

Na próxima década a comunidade bitcoiners vai estar perante um dilema, o que fazer com as moedas do Satoshi?

Bitcoins do Satoshi

Não é possível determinar o número exato de quantos bitcoins terá o Satoshi, já foram efectuados diversos estudos, apesar de discrepâncias nos resultados, estima-se entre os 900 mil a 1.1 milhões de moedas.

A Arkham identificou apenas 3 endereços (P2PKH) pertencentes ao Satoshi, não esquecendo que no início não existiam endereços, os bitcoins eram enviados diretamente para a pubkey (chave pública, P2PK).

Este gráfico apenas contabiliza os bitcoins em endereços. Mesmo após o desaparecimento de Satoshi, a comunidade continua a enviar moedas para os seus endereços.

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Privacidade, transparência e adoção

As eleições nos países democráticos, são uma espécie de um concurso de popularidade, vence o mais popular. Os governos, como querem vencer as próximas eleições, tendem a tomar medidas com execução curtas, que apresente resultados num curto espaço de tempo. Os governos deixaram de fazer reformas estruturais, que teriam bons resultados daqui a 10 a 20 anos, pensam apenas a curto prazo, com uma alta preferência temporal e que sejam populares. Os incentivos estão completamente desalinhados. 

Isto coloca os partidos políticos, um pouco refém da opinião pública, dificilmente fazem algo contra a opinião da maioria dos cidadãos. Se executar medidas muito impopulares, existe uma forte probabilidade de perder a próxima eleição.

Assim os governos só aprovam propostas que tenham uma “aprovação” parcial da população, poderá não existir uma maioria, mas uma parte terá que compreender essa proposta.

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Market makers e memecoins

«FBI cria criptomoeda falsa e prende 14 envolvidos em esquema de manipulação de preços

Procuradores federais de Boston acusam empresas de operarem fraude no mercado de criptomoedas com suas ações, ao manipular o preço de altcoins. Podendo ser o primeiro caso federal instaurado pelo Governo dos EUA contra quatro market makers de corretoras de criptomoedas e memecoins de uma só vez, um novo processo instaurado nesta quarta-feira (9) atraiu a atenção do mercado mundial.

Além disso, outras 14 pessoas físicas, sendo funcionários e líderes das empresas, já tiveram expedidos mandados de prisão. Há uma ordem de prisão internacional, de acordo com a Reuters, e cinco pessoas já confessaram a fraude ou se declararam culpados.» LiveCoins

Há muito se sabe que o mundo cripto é repleto de esquemas ponzi, os NFT ou as memecoins são bons exemplos, que vivem de pumps e dumps.

O pior de isto tudo, é que as pessoas que entram, desde o início, sabem que é um esquema ponzi, mesmo assim estão dispostas a arriscar, é teoria do mais tolo.

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Pseudo DeFi e Fragmentação

«A Uniswap, principal bolsa descentralizada da Ethereum, anunciou que irá lançar uma blockchain exclusiva para os serviços que oferece, a Unichain. Ou seja, segundo a equipe a nova rede que será uma segunda camada vai ser mais rápida, com mais liquidez e com serviços de ponta para traders.»BlockTrends

É curioso o rumo que as criptos estão a evoluir (ou talvez não).

A Uniswap começou no Ethereum, depois foi para outros ecossistemas, posteriormente foi para as L2 do próprio Ethereum. Segundo o DefiLlama está presente em 25 chains, simplesmente absurdo, a liquidez está altamente fragmentada.

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O Bitcoin é muito poluente?

Antes de ver se é ou não muito poluente, é necessário compreender que consumir energia, nem sempre significa que é necessário produzir mais energia, consequentemente poluindo mais. Podemos consumir energias que existem em abundância, que atualmente estão a ser desperdiçadas, que não são aproveitadas por ninguém.

Vamos imaginar uma árvore que consome 1000 litros de água, com isso produz 1000 maçãs. Mas o agricultor apenas consegue vender 800 maçãs, as outras 200 maçãs vão acabar por apodrecer e vão parar ao lixo.

Não comer as 200 maçãs, não significa que vamos poupar 200 litros de água. A água já foi consumida pela árvore, é indiferente se as maçãs são ou não comidas. É claro que é mais sustentável que todas as maçãs sejam consumidas e também mais lucrativas para os agricultores. 

Por esse motivo, a fruta que não é vendida para o consumo direto, o agricultor acaba por vender por preços muito inferiores para a indústria das bebidas, é uma medida totalmente sustentável.

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