África, o epicentro

Os problemas do sistema fiduciário e das políticas monetárias são visíveis por tudo o lado e agrava-se dia a após dia.
Mas está a chegar a um ponto de rutura, as populações estão a entrar num estado de desespero, estão a revoltar, os primeiros sinais estão a acontecer em África.

A austeridade que o FMI exigiu ao governo do Quénia, está a provocar uma revolta popular a nível nacional. Como sempre, a receita do FMI, é criar ainda mais pobreza.

“Desde 18 de junho, o Quénia tem sido palco de uma série de protestos em massa, nos quais dezenas de milhares de pessoas rejeitaram um projeto de lei controverso que teria aumentado alguns impostos e introduzido outros novos, como o IVA sobre o pão e produtos de saúde.
O Governo pretendia angariar 2,7 mil milhões de dólares (2,48 mil milhões de euros) para reduzir o défice orçamental e o endividamento do Estado, no âmbito do programa concebido pelo FMI para apoiar a resposta do Quénia à covid-19 e a outras crises, como secas e inundações.”
noticiasaominuto.com

Chegou ao cúmulo do presidente demitir quase todos os ministros, mas os protestos continuam.
“William Ruto anunciou a exoneração de todos os ministros, com exceção do ministro das Relações Exteriores e do vice-presidente, e a demissão do procurador-geral, após semanas de protestos contra o aumento dos impostos.”dw.com

Outro epicentro desta revolta contra o atual sistema fiduciário, é a Nigéria. Para um melhor controlo da economia e das liberdades, implementaram o eNaira, uma CBDC. Como inicialmente a adoção foi baixa, para forçar a adoção, o banco central colocou limitações de levantamentos nos ATM. Provocando um revolta popular, a rejeição da CBDC está a ser expressiva.

Em África, milhões de pessoas foram vítimas da desvalorização da moeda. Desde da Nigéria até ao Líbano, entre muitos outros países.

“230 million people in Nigeria have lost nearly half their purchasing power since January Bitcoin is freedom and hope for a lot of people Western investors have lots of options to gamble on, most don’t”Alex Gladstein

E como diz Larry Fink, da Blackrock:
“É um instrumento financeiro legítimo que permite talvez obter retornos não correlacionados. Você investe quando está mais assustado e acredita que os países estão a degradar a sua moeda através de déficits excessivos, e algumas nações estão (fazendo isso)”

Ou seja, o mundo necessita de uma moeda ética, uma proteção contra a tirania e má administração por parte governos.

África está a ser o epicentro da revolta, é apenas o início.